domingo, 27 de novembro de 2011

Nós e os outros

Maxfield Parrish, The Lantern Bearers (1910).
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«In everyone's life, at some time, our inner fire goes out. It is then burst into flame by an encounter with another human being. We should all be thankful for those people who rekindle the inner spirit»
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Albert Schweitzer.
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Descobri esta frase no blogue The Dutchess e lembrei-me logo do texto de Laura Esquível sobre as «caixas de fósforos» no livro Como água para chocolate, que já citei aqui há um bom tempo.
Na verdade, também agradeço a todos aqueles que me vão aquecendo (e iluminando) o espírito, entre os quais certamente estão as pessoas da minha família, mas também os amigos - entre os quais contam-se aqueles que vou encontrando aqui na internet.
Neste período do Advento, que agora começa, já que este ano vai ser mais pobre em bens materiais, temos de valorizar os espirituais - e sobretudo a amizade e a solidariedade - por exemplo, como tem sido realizado nas campanhas do Banco Alimentar contra a Fome.

5 comentários:

Presépio no Canal disse...

Concordo inteiramente contigo, Margarida. Ha que valorizar sobretudo os bens espirituais (com ou sem crise).
Na Holanda, nao temos subsidio de Natal e nao se costumava trocar presentes no Natal, ate ha poucos anos (4?), mesmo assim com moderacao (traco da mentalidade Calvinista, que nao gosta de ostentacao e e valoriza a poupanca). O mais importante nestas bandas e o jantar em familia no dia 25 e o passeio em familia no dia 26, por exemplo, ao palacio Het Loo, para ver as decoracoes de Natal.
As criancas costumam receber os seus presentinhos, como as letras de chocolate, na noite do dia 5 de Dezembro (Noite de presentes do Sao Nicolau).
A alegria, a paz e a saude e estarmos presentes para aqueles que amamos ao longo do ano, esses sim, sao os melhores presentes do mundo.
Talvez esta crise faca as pessoas olharem mais para o essencial (o estar em familia com alegria, paz e saude) e menos para o superfluo ( a loucura das prendas e dos centros comerciais). Que tal voltarem a cantar cancoes de Natal, confeccionarem os proprios presentes, ou cada um trazer a iguaria na qual e especialista? :-) No meu entender, ate e mais giro assim, se queres que te diga. O Natal andava muito "plastificado" para o meu gosto.
Beijinhos, Margarida, e um bonito e doce Advento par ti e todos os teus!! :-)

ana disse...

Margarida,
Devemos congratularmo-nos das pessoas que iluminam e reacendem o nosso espírito e nos falam para dentro de nós.
o Banco Alimentar felizmente recebeu bastantes alimentos. Apesar da crise tocar a todos ela também está unir os portugueses. É muito bonito e gratificante.

Gostei muito da tela mas confesso que a acho um pouco inquietante.
Gosto do palhaço porque é a alma da pessoa que, embora esteja triste, espalha a alegria e veste uma máscara para sobreviver.
Desejo que entenda este ponto de vista.
Bjs e uma boa semana! :)

Margarida Elias disse...

Sandra: Concordo contigo, muito embora me faça uma certa pena pelos miúdos. Passo a explicar: o que se tem feito na minha família há alguns anos é dar presentes sobretudo às crianças. O subsídio permitia que nesse dia tivessem umas prendas melhores, que não era possível comprar noutras alturas. Mas concordo que estamos todos muito materialistas. Eu, como estou quase sempre a ser paga como bolseira também já não tenho nenhum subsídio há muito tempo e não morri por causa disso. Veremos como tudo evolui. Beijinhos!!!

Ana: Quando olho para esta pintura acho sobretudo graça às luzes e faz-me lembrar as ilustrações do Little Nemo in Wonderland. É tudo!!! Beijinhos!

Sara disse...

Que bonito post, Margarida. Quanta luz emana dele.
Obrigada pela centelha que também vai acendendo em nós quando a visitamos.
Um beijinho e bom feriado.

Margarida Elias disse...

Obrigada Sara! Muitos beijinhos!